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Fabrício Coimbra

Brasil, até quando seremos o país do futuro?

Artigos - Fabricio - 23 de março de 2019

A frase “O Brasil é o país do futuro” nos persegue há quase um século nunca deixa de ser atual. Mas afinal, porque o Brasil ainda é o país do futuro enquanto outros já chegaram lá? Para responder a essa pergunta é preciso primeiramente entender o motivo pelo qual alguns países se desenvolvem e outros não.

 Ao analisarmos a história do mundo entre os séculos XVIII e XIX, a pobreza, a escassez e a falta de saúde e educação reinavam em praticamente todo o globo. Desde então, algumas nações se desenvolveram exponencialmente enquanto o Brasil caminhava – e ainda caminha, a passos curtos.

Segundo o livro “História da Riqueza no Brasil” de Jorge Caldeira, no final do século XVIII a economia brasileira tinha um porte equivalente à dos Estados Unidos. Porém, até o final do século XIX, o peso econômico do país registrava apenas 10% do ostentado pelos norte-americanos.

Apesar de as duas economias possuírem números bem semelhantes na exportação, o mercado interno brasileiro ocupava uma área bem mais extensa com atividades mais dinâmicas que os treze colônias americanas, avalia Caldeira.

Apenas na Primeira República, com a liberação do mercado por Rui Barbosa no início do século XX, permitiu-se a criação de empresas sem o aval burocrático do Estado, resultando em um enorme crescimento de novos negócios porém  muito tardiamente se comparado aos países de primeiro mundo.

Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, a centralização estatal tornou-se evidente no plano econômico. Durante o governo militar, o pais se isola da globalização em nome da defesa do mercado interno com protecionismo e congelamento das importações. 

Apresentado o cenário do último século, fica a pergunta: afinal, qual o motivo de perdemos o fio do desenvolvimento que nos condenou por décadas a ser o pais do futuro?

Citando Adam Smith em seu livro “A Riqueza das Nações” a resposta pode estar na forma como conduzimos o estado e nossa visão sobre seu papel. O autor acredita que


 “Pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie até o mais alto grau de opulência, além de paz, de baixos impostos e de boa administração da justiça: todo o resto corre por conta do curso natural das coisas.”


Adam Smith

Podemos concluir, então, que segundo o filósofo pai da economia moderna, o desenvolvimento de uma nação em nada tem a ver com cultura, colônia, passado, religião,mas, com a forma com a qual conduzimos as nossas instituições.

Dessa forma, percebemos que as estratégias de protecionismo implementadas no Brasil foram completamente fracassadas, o que fez com que nosso país por reiteradas vezes perdesse valiosas oportunidades de desenvolvimento.

Porém, o Brasil pode sim aprender com os acertos de países que desenvolveram, deixando para trás sua mentalidade intervencionista para que, com paz, baixos impostos e boa administração, o futuro chegue, finalmente, ao nosso país.

Fabricio Coimbra

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